Lenora - Heloisa Prieto








  Lenora para mim, não foi apenas um achado na biblioteca da escola, foi um dos meus melhores achados na biblioteca da escola.
 O livro não conta apenas a história da banda fictícia Triaprima, faz com que você reveja conceitos, como amor, amizade e traição. Quanto vale um amigo?
 Instiga você a estudar os grandes filósofos e a ler contos e poemas do " Tio Edgar " ( Edgar Allan Poe ).
É uma história fascinante com  um toque de magia e tradição.

     Oque acontece quando na virada do ano de 1969 para 1970, você faz o pior desejo do mundo, enquanto seu amigo de sangue irlandês toca uma música antiga de invocação de criaturas do mar . Seu desejo a principio para ridículo e egoísta  FAMA, MULHERES, SUCESSO E DINHEIRO. Enquanto o do seu amigo é apenas CONHECER ALGUÉM QUE O FAÇA MORRER E COMPOR A MUSICA MAIS PODEROSA DO MUNDO.
  Alguns minutos depois tudo oque toca asa mão produz musica, e por onde você passa as mulheres brigam por você, até que uma em especial aparece:

LENORA





" Qual foi a mais estranha, horrível e desastrosa de todas as decisões que você já tomou  na vida?
Para muita gente, essa pergunta pode ser difícil de responder. uma decisão raramente aparece isolada . Sempre surge um,a rede de acontecimentos atenuantes, desculpas e justificativas.
Mas a pior decisão que já tomei na vida não tem explicação lógica, nunca encontrei uma solução e jamais tive uma volta.
 Cometi um erro secular. Um erro mítico. Desses erros que as pessoas cometem século após século. Um equívoco fatídico e imperdoável.
 Por isso, todos os anos quando eu  volto às dunas, tentando relembrar o passado e compreender como tudo pôde acontecer da forma inexorável como se desenrolou..."



Lenora foi um livro que marcou de um modo especial a minha vida como leitora e que recomendo a todos que procuram um livro para ser lido em um dia.


Poema que inspirou o nome da personagem e a musica mais famosa da Triaprima:

 Lenora 

Ah! foi partida a taça de ouro! o espírito fugiu!
Que dobre o sino! Uma alma santa já cruza o Estígio rio!
E tu não choras, Guy de Vere? Venha teu pranto agora,
ou nunca mais! No rude esquife jaz teu amor, Lenora!
Leiam-se os ritos funerários e o último canto se ouça,
um hino à rainha dentre as mortas, a que morreu mais môça.
E duplamente ela morreu, por que morreu tão môça!

"Pela riqueza a amastes, míseros, o seu orgulho odiando,
e, doente, a bendissestes, quando a morte ia chegando.
E como, então, lereis o rito? Os cantos de repouso
entoareis vós, olhar do mal? Vós, o verbo aleivoso,
que o fim trouxestes à existência tão jovem da inocência?"

Peccavimus; mas não se irrites! O réquiem tão solene
e embalador ascenda aos céus, que a morta já não pene!
Para aguardar-te ela se foi, tendo ao lado a Esperança
e tu ficaste, louco e só, chorando a noiva criança,
meiga e formosa, que ali jaz, magnífica, sem par,
com a vida em seus cabelos de ouro, mas não em seu olhar,
com a vida em seus cabelos, sim, e a morte em seu olhar.

"Ide! Meu coração não pesa! Sem canto funeral,
quero seguir o anjo em seu vôo com um velho hino triunfal.
Não dobre mais o sino! que a alma em seu prazer sagrado
não o ouça, triste, ao ir deixando o mundo amaldiçoado.
Ela se arranca aos vis demônios da terra e sobe aos céus.
Do inferno, à altura se conduz e lá, na luz dos céus,
livre do mal, da dor, se assenta num trono, aos pés de Deus!"







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